"Mas a culpa é sua. Completa e totalmente sua. Quem mandou você ter esse sorriso contagiante? Eu não posso contra ele, e você sabe disso, vai ver é por saber disso que você o usa tanto. E esse seu olhar que parece ler a minha alma? Hein? Você sabe muito bem que não resisto a ele, eu me prendo, me acorrento e voilá, me entrego a você. E tem a sua fala, também, seu jeito manso de falar coisas doces ao pé do ouvido. Minhas defesas vão todas embora. A parte racional desce por água abaixo. E a culpa é toda sua. Ou talvez seja minha, por ser tão fraca, tão dependente de ti. Não, não, ainda prefiro dizer que a culpa é sua."