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sábado, 21 de agosto de 2010

Simplicidade

Não preciso de roupas de marca ou de estilistas famosos, não preciso ir a lugares que não gosto, só para me enturmar, não preciso mentir ou me omitir para parecer popular, vivo a vida do meu jeito, não preciso de muito pra ser feliz, tenho quem eu amo, faço o que eu quero e consigo tudo aquilo que a minha persistência me faz conseguir.

Ninguém ama

Outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem ou é fã de Caetano. isso são só referenciais. ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Desapego

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. as coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. deixar ir embora. soltar. desprender-se. antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. encerrando ciclos. não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Preocupação

                                                        É inútil em tempos como este.




      

Eu gosto do claro

Quando é claro que você me ama, eu gosto do não se você diz que não viver sem mim, eu gosto de tudo, tudo que traz você aqui, eu gosto do nada, nada que te leve para longe, eu amo a demora, sempre que o nosso beijo é longo, eu gosto da falta, quando falta mais juízo em nós, e de telefone, se do outro lado é a sua voz, adoro a pressa quando sinto sua pressa em vir me amar, adoro a saudade quando ela está pra terminar com você chegando já !

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Amar




Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...

O amor é quando a gente mora um no outro.
                                                                                                                        - Mário Quintana

Coração

Dentro do meu peito, pequenino
Não há só veias, artérias ou sangue.
Dentro do meu peito, abrigado
Existe um coração que vai batendo...

Batendo, contra tudo e contra todos
Batendo e amando tudo, ao redor
Mas batendo e sofrendo a toda a hora
Pois ama e suspira por amor...

E será que vale a pena ele suspirar?
Será que vale tanta pena e tanta dor...
Porque haverá o coração de ser sempre
A peça que dentro de nós mais sente a dor? 

Porque haverá o Amor que é tão belo...
De ser o que de pior no mundo existe?
Porque será que com tanta dor
Eternos amantes serão sempre o coração e o amor...


                                                                                                                     -Lili Laranjo

Imagine nós dois


Eu e você, daqui a alguns anos, morando juntos. Não precisaríamos ser namorados, nem casados, nem nada disso. Apenas amigos. E nós seriamos felizes, eu e você. Fotos de nós dois estariam espalhadas pela casa. Fotos suas no meu quarto, fotos minhas no seu quarto. Mas nós dormiríamos juntos. Pelo simples fato de eu te querer por perto, e você me querer também. Pelo simples fato do seu quarto estar bagunçado de mais e a minha cama ser perfeita para nós dois. Eu teria medo do escuro, sem você. E eu andaria apenas com roupas íntimas, e você fingiria não se importar. E eu fingiria acreditar. Eu fugiria de você, correndo pela casa, rindo, com o controle da televisão, só pra você não mudar o canal. E você me pegaria, e ficaríamos abraçados até o silêncio nos constranger. Nossos sábados a noite seriam nostálgicos, olharíamos todos tipos de filme, atiraríamos pipocas um no outro e pediríamos uma pizza. Nostálgicos e perfeitos, porque depois dormiríamos abraçados, no sofá da sala, ao som da melodia dos créditos de um filme de romance em que eu choraria do começo ao fim, e você riria de mim e comigo. Iríamos ao supermercado uma vez por mês, comprar as mais diversas porcarias. E não nos faltaria nada. Você não se importaria com as minhas roupas espalhadas pela casa e pelo seu quarto. Eu não me importaria com a sua bagunça diária, nem com a sua toalha de banho atirada pelos cantos. Nos domingos a tarde, ficaríamos na sacada do nosso apartamentinho no 3º andar, tomando chimarrão e cantando músicas velhas. Olharíamos as pessoas lá em baixo, casais apaixonados, e ficaríamos em silêncio, perdidos nos nossos próprios pensamentos. Suas amigas viriam te visitar, e eu choraria em silêncio, no escuro do meu quarto. Até elas irem embora e você ir dormir comigo, e perguntar se chorei. Eu negaria. Você acreditaria. Acordaria-me no meio da noite, para contar um sonho que teve. E nós riríamos juntos. Acordaria-me com café na cama, ou com uma rosa roubada do jardim da casa vizinha. Eu deixaria um recado sutil de amor na porta da geladeira antes de sair na segunda de manhã para visitar meus pais. Poderíamos até ter um cachorro. Poderíamos juntos, levar ele para passear. E você decidiria pintar a casa, e ela ficaria vazia, apenas com nós dois e nosso cachorro. Deitaríamos no chão, e eu perguntaria em que você estaria pensando. Você mentiria e me perguntava o mesmo. Eu mentiria. Eu iria para a universidade todo dia de manhã, enquanto você ia para seu trabalho de meio turno em uma empresa de sucesso. Você me amaria, em silêncio. Eu também te amaria, em silêncio. Em alguns anos, eu estaria me formando em letras, e você estaria no topo da carreira naquela mesma empresa. E você me levaria pra jantar e me pediria em casamento. Eu aceitaria. E seria uma linda história de amor, apenas seria.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Apenas Alguém

Eu sou apenas alguém ou até mesmo ninguém, talvez alguém invisível que admira a distância sem a menor esperança de um dia tornar-me visível. E você? Você é o motivo do meu amanhecer, é a minha angustia ao anoitecer, você é o brinquedo caro e eu a criança pobre, a menina solitária que quer ter o que não pode, dona de um amor sublime mas culpado por querê-lo, como quem a olha na vitrine mas jamais poderá tê-lo.Eu sei de todas as suas tristezas e alegrias mas você nada sabes.Nem da minha fraqueza, nem da minha covardia, nem sequer que eu existo.É como um filme banal,entre a figurante e o ator principal. Meu papel era irrelevante para contracenar no final.